domingo, 17 de abril de 2011

Labaredas II


Labaredas  
(Otacio Ruy)     

Em cada gozo de saudade
As luzes da cidade,
E o céu azul de uma lembrança
Alcança o meu olhar.

Enquanto eu sonho uma promessa
A noite vai sem pressa,
E a lua acesa em labaredas
Me deixa atravessar...

O mar e o horizonte, as pontes do querer,
Um jeito de fazer meus, seus pesadelos.
Cabelos esvoaçam, caminhas na calçada
Espero a madrugada ascender ao dia.

Vôo na maresia das nuvens do mês de agosto,
Mergulho o rosto na luz esfogueada do nascente.
E a gente da praça, abraça a minha verdade,
Me deixa bem à vontade em sonhar mudar o mundo.

Então me deixo adormecer
Lembrando a graça e os trejeitos de Carlitos,
A inigualável genialidade de Chapplin.

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