sábado, 16 de abril de 2011

Lambreta

À medida que cresce o número de veículos nas ruas, cresce o número de acidentes pela imprudência cada vez maior dos condutores e muitas das vezes a certeza da impunidade. É impressionante como as crateras (não são mais brechas) da lei permitem que tentativas de homicídios ou homicídios consumados no trânsito fiquem praticamente impunes. Particularmente o número de motocicletas aumentou em progressão geométrica, devido à fácil acessibilidade  a esse tipo de veículo. Infelizmente o limite da responsabilidade é constantemente ultrapassado por aqueles que acreditam talvez estar a salvo das situações de perigo, desastres e fatalidades. Acredito que realmente é importante o serviço dos mototaxistas, mas por outro lado precisa haver uma regulamentação desse serviço, atualmente temos constatado assaltantes travestidos de mototaxistas cometendo crimes. O poder público parece muito moroso para dar respostas à sociedade, e dar maior credibilidade e segurança ao serviço desses profissionais das motos. Falando em moto eu não poderia deixar de associar a mesma às lambretas, a versão mais primitiva desse veículo. E tambem lembrar da crônica de Stanislaw Pontepreta, que descrevia aquela situação da fronteira, cujos guardas da alfândega perceberam que uma senhora da melhor idade, ou segundo o Juca Chaves, semi-nova, cruzava a fronteira em uma lambreta com um saco na garupa. Desconfiados, um dia os guardas pararam a senhora e revistaram o saco, e só encontraram areia, passaram a revistar o saco em dias alternados, nada encontrado; semanas inteiras  alternadas, nada; meses inteiros e alternados, nada encontrado; resolveram então radicalizar: "Agora a gente pega essa velha", um ano inteiro de revista ao saco, nada encontrado. A essa altura do campeonato, é provável que já tivesse guarda da fronteira fazendo análise, tal o estresse com a velha senhora. E decididos a comprovar a suspeição, resolveram interpelar a senhora: "Vovozinha, sabemos que a senhora está fazendo contrabando, mas diga pelo amor de Deus o que a senhora está carregando pra cá, nós precisamos saber ou vamos enloquecer!" E a tia olhando bem para os guardas indagou: "Se eu falar vocês juram que não vão me prender, não me atrapalhar, nem falar pra ninguém? Os guardas asseguraram que nada ia acontecer a senhora, e então ela respondeu: "É lambreta". Parece que as aparências muitas vezes nos enganam. Cuidado com as senhoras seus sacos e lambretas, e principalmente cuidado com certos motoqueiros.  

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