domingo, 14 de novembro de 2010

Chove chuva

Parece que a velha senhora, Santa Maria de Belém do Grão Pará, vai começar a entrar no período das chuvas. Interrompi esta postagem justamente por um raio que desabou aqui nas cercanias. Não entendo como a ciência ainda não desenvolveu uma forma de apropriação dessa energia das descargas elétricas atmosféricas, durante as tempestades milhares de  kilowatts de energia são despreendidos, às vezes ceifando a vida de pobres mortais,  e tantas pessoas ainda usando lamparinas e a força motriz de seus braços para realizar trabalhos. Um dia talvez teremos acesso a capacidade de armazenamento dessa fonte de energia limpa e sustentàvel. Mas é preciso nos preocuparmos com as áreas periféricas das nossas cidades, aqui, as chamadas baixadas imersas ao lixo e as águas fétidas de canais obstruídos, ou bueiros entupidos. Frágeis palafitas tentam se manter erguidas nesse oceano de exclusão social e falta de equipamentos urbanos que ofereçam qualidade de vida à população. Lembro nestes dias de chuva, da minha saudosa matriarca maior, Anita, que profeindo suas orações ao Criador dizia, se referindo ao temporal, "só penso naqueles que estão no mar", mar significava peixe, pão, alimento. Bravos pescadores, heróis anônimos, empurravam seus arremedos de embarcações, acreditando que o mar estava para peixe ou camarão. Na realidade atual, temos uma infinidade de mares e tsunamis para enfrentar, mas isso será objeto de postagens futuras. Aliás, "Temporal", foi minha primeira canção a se tornar pública, já fazem 18 anos, e essa história também será contada aqui. Abraços!

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