Depois de muito tempo, acho oportuno voltar a escrever e divagar idéias, sonhos e constatações. Deixei-me, tantas vezes, embriagar de preguiça e morrinha, e espero dispor de gás para retomar o caminho no Cyber espaço com mais frequência. Considerando que minhas desculpas serão aceitas, acredito ser oportuno falar do que chamamos "Dia dos Pais". Dizem que "não basta ser pai, tem que participar", é claro que além do momento da concepção, ou ainda que "pai é quem cria, não quem faz", ditos populares à parte é impressionante o quanto crianças e adolescentes crescem sem qualquer referência de virtude, pela ausência de pessoas que lhes doem exemplos de relacionamento, pautado na ética, respeito, solidariedade, etc. A violência banal e gratuita que assola cidades e lugares traduz a triste realidade de desamor que vivenciamos. Longe de querer minimizar o papel materno, que muitas vezes carrega sozinho o fardo do sustento físico e imaterial de tantos filhos, precisamos cada vez mais responsabilizar o pai, pelo desenvolvimento da criança. É claro que tal irresponsabilidade pelos rebentos, reflete o machismo ainda reinante em nossa cidadania em construção. Tenho argumentado quando oportuno, que os meninos precisam ter essa preocupação com a precocidade da vida sexual e suas consequências, muitas vezes transferidas às meninas, que carregarão o fruto de uma relação inconsequente em seus ventres, e terão que abdicar de uma série de coisas, entre as quais a sua formação ou qualificação profissional. É preciso dizer que esta situação não é muito favorecida pela lógica reinante na sociedade, não é à toa que, enquanto meninos recebem carrinhos e bolas de futebol para brincar, as meninas recebem bonecas, fogões, panelas, entre outros "presentes", em preparação para a maternidade e as atividades domésticas. Minha contribuição neste sentido, visa fazer os pais ou potenciais futuros pais, refletirem sobre o papel dos mesmos na educação e formação do ser humano, que colocaram ou colocarão no mundo, precisamos construir a cada dia um mundo melhor, mais fraterno e justo, com todos e todas. Depende de cada um de nós essa construção e principalmente dos nossos filhos. Todos erramos em algumas ou muitas vezes, o que não podemos fazer é continuar atentos aos erros alheios e negligentes quanto aos nossos. Quão triste é constatar filhos considerarem seus pais como se fossem seus inimigos. A conquista da amizade, respeito e consideração dos nossos filhos por nós, é uma tarefa árdua e constante, mas, extremamente gloriosa. Em nossos filhos perpetuamos nossos sonhos mais profundos. E se no futuro seu filho lhe colocar em um asilo, que seja um bom asilo, com pessoas da sua geração, sem conflitos com as gerações ultra-modernas, com paz, dominó, baralho, xadrez e um bom vinho, que afinal, ninguém é de ferro. Feliz dia dos Pais!
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